“Eu vacilo,
mas ele nunca vai embora. Eu
surto, fico monotemática, tenho
paranoias a todo minuto, me canso, saio, volto, descanso, a gente briga, mas
ele não vai embora. Tenho
crise de TPM, crise de ciúme, crise de neurose, crise de carência e ele
ali, firme e forte. Eu mudo
o cabelo, a roupa, a maquiagem, o esmalte, os sapatos, os sonhos, a vida, engordo, emagreço, a gente briga outra vez, ele continua. Entra e sai gente da minha vida a todo instante, gente que eu nem
esperava, menos ele. Mas ele, do jeito completamente torto dele, aquele jeito lindo dele, sempre fica. Ninguém nunca tinha ficado
antes. É por isso que eu fico também.”
domingo, 2 de novembro de 2014
domingo, 5 de outubro de 2014
Hoje eu não quero mais nada ...
Eu não quero respostas. Não mais. Não quero que você volte
atrás, nem quero que diga que se arrependeu. Agora não tem nada
mais para ser dito e nem discutido. Você pediu por isso, insistiu por isso, implorou
por isso. Pra que eu desistisse, pra que eu fosse embora. No seu lugar, eu também não teria
insistido muito. Mas no meu lugar,
qualquer um teria desistido. Eu fiquei do seu lado, eu me
importei quando ninguém se importava. Eu
entendi a sua tristeza, eu compreendi o
seu silêncio. Eu entendi tudo. Eu me
coloquei em segundo lugar, só pra deixar você em primeiro. Eu passei a amar menos as pessoas, pra
poder te amar mais. E em todo lugar que eu ia, eu queria estar
com você. Eu deixei todas as pessoas do mundo por você. Porque eu achava que você valia mais do que todas as pessoas do mundo
juntas. Eu achava que você era tudo. Mas olha só agora, olhe hoje
por exemplo... eu não quero mais as suas respostas. Não
quero mais nada, nem exijo mais nada. De todas
as coisas do mundo, eu só queria que você tivesse me entendido. Queria que
tivesse ficado, sabe? Queria que você não tivesse desistido, e
que não tivesse me obrigado a desistir também. Eu queria muita coisa. Eu quis
muita coisa. Mas hoje não, hoje eu não quero nada. Só que siga com a sua vida, que eu vou daqui, seguindo com a minha.
terça-feira, 18 de março de 2014
Eu devia ter avisado ...
“Eu
não sou fácil de conviver”, foi a primeira coisa que me veio em mente no nosso primeiro
encontro. Devia tê-lo avisado. Acho
que não estava a procura de adrenalina, e ele mal sabia a montanha russa em que
se meteu. Não tenho a habilidade de
calar, sou tipo aquela boneca
com defeito que no inicio funciona certinho, mas depois você procura
onde desliga, e não acha o botão. Tenta arrancar a pilha, mas não consegue... e
quando nada dá certo dá vontade de tacar na parede. A verdade é que tenho a boca maior que
qualquer outra parte do meu corpo, exceto meu coração. Falo, falo, falo...Falo o que devo, e até o que não devo falar. Encho o
saco, sou chata, mas não levo desconfiança ou desaforo pra casa. Se
fosse avisá-lo de todos os meus defeitos, diria
também que amo demais… Demais da conta mesmo, daquele jeito que pede todas
as atenções, suga todos os carinhos, desejos e pensamentos. Mas eu
não disse, porque eu sabia que isso ia assustar ele. Se eu tenho mau humor matinal? Isso pra mim é
lenda, meu mau humor não tem hora, nem eu
aprendi a conviver com ele e nem com as milhares de outras coisas. Sou
perceptiva, persuasiva e perfeccionista. Mimada, ciumenta, implicante e
irritante… Muito irritante. Faço a
limpa na tua mente e no teu coração… Esqueci de mencionar que sou espaçosa e possessiva? É. Se eu
disser que sim, é sim. Se eu disser que não, preste atenção, pode ser um sim. Mas
mesmo com um milhão de avisos alarmando em minha cabeça, disse apenas: ‘Prazer em conhecê-lo’. Deixando-o achar, que também seria um prazer me
conhecer.”
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
tenho certeza que vai ...
Você vai lembrar de mim.
Vai sim. Não hoje, não amanhã, mas vai. Passará algum tempo, diria até um longo tempo. Sua vida estará quase toda feita, com estudos concluídos, com trabalho fixo e apartamento próprio. Mas você vai lembrar, quando deitar a noite e pensar que poderia ter uma pessoa que te ama orando por você, ou que poderia até estar orando ao seu lado, pra depois, deitar na mesma cama que a sua. Você vai lembrar quando sentir um perfume adocicado no ar e aparecerá meu nome e minha imagem em sua mente. Você vai lembrar que tinha um alguém que estaria do seu lado em qualquer dificuldade que aparecesse. E mesmo que tenha arrumado um outro alguém, você até passará por bons momentos, mas lembrará de mim, e saberá que não são melhores apenas por não ser comigo. Você vai lembrar, e vai perceber que poderá ser feliz o quanto for em sua vida, mas que se fosse comigo, eu te faria muito mais.
Vai sim. Não hoje, não amanhã, mas vai. Passará algum tempo, diria até um longo tempo. Sua vida estará quase toda feita, com estudos concluídos, com trabalho fixo e apartamento próprio. Mas você vai lembrar, quando deitar a noite e pensar que poderia ter uma pessoa que te ama orando por você, ou que poderia até estar orando ao seu lado, pra depois, deitar na mesma cama que a sua. Você vai lembrar quando sentir um perfume adocicado no ar e aparecerá meu nome e minha imagem em sua mente. Você vai lembrar que tinha um alguém que estaria do seu lado em qualquer dificuldade que aparecesse. E mesmo que tenha arrumado um outro alguém, você até passará por bons momentos, mas lembrará de mim, e saberá que não são melhores apenas por não ser comigo. Você vai lembrar, e vai perceber que poderá ser feliz o quanto for em sua vida, mas que se fosse comigo, eu te faria muito mais.
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
De gente assim...
Eu gosto de gente simples, sabe?
Eu gosto de gente que não tem vergonha de rir andando sozinho se lembrou de algo engraçado, mesmo que o achem maluco. Eu gosto de gente verdadeira, que não forjam sentimentos, que transbordam. Que sentem ciumes, que emburram, e que desfaz o bico se recebe um dengo. Eu gosto de gente que ri de si mesmo quando fala alguma coisa incrivelmente errada. Eu gosto de gente simples, que se dispersa vendo onde aquela formiguinha vai carregando seu grão. De gente que tropeça e sai correndo, fingindo que estava brincando. Gosto de gente meio estranha, que olha dos dois lados pra atravessar a rua, mesmo sabendo que ela é de uma mão só. Eu gosto de gente natural, de cabelo bagunçado, de cara de sono, de sorriso largo, de coração grande.
Eu gosto de gente que não tem vergonha de rir andando sozinho se lembrou de algo engraçado, mesmo que o achem maluco. Eu gosto de gente verdadeira, que não forjam sentimentos, que transbordam. Que sentem ciumes, que emburram, e que desfaz o bico se recebe um dengo. Eu gosto de gente que ri de si mesmo quando fala alguma coisa incrivelmente errada. Eu gosto de gente simples, que se dispersa vendo onde aquela formiguinha vai carregando seu grão. De gente que tropeça e sai correndo, fingindo que estava brincando. Gosto de gente meio estranha, que olha dos dois lados pra atravessar a rua, mesmo sabendo que ela é de uma mão só. Eu gosto de gente natural, de cabelo bagunçado, de cara de sono, de sorriso largo, de coração grande.
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
uma grande porcaria...
“Que porcaria, isso. Eu vi essa pessoa de pijama. Eu transei
sem camisinha com essa pessoa. Eu
aturei os seriados, os filmes “de homem” sempre que essa pessoa chegava antes
no controle-remoto. Eu rabisquei os azulejos com batom insinuando amar
para sempre essa pessoa. Escrevi “te amo” no Box embaçado do banheiro, sou pra
ouvi-la cantar mais alto a nossa musica favorita, durante o banho. Fui ao supermercado às sete da manha, só pra comprar sem enfrentar fila, as coisas que essa pessoa estava afim de comer. Eu me preocupei com as reuniões de trabalho quase semanais dessa
pessoa. Com a correria que foi pra ele entrar na faculdade. Até o acalmei quando estava nervoso e pensativo . Eu baixei da internet canções de quem não
gosto, para que essa pessoa pudesse sorrir, quando eu citasse a letra em uns de
nossos muitos telefonemas. Eu vi as cuecas dele penduradas aqui no varal de
casa. E agora, essa pessoa
simplesmente desfila na minha frente com outra pessoa. QUE PORCARIA“.
domingo, 1 de dezembro de 2013
Juro
Pego o telefone e uma maçã. Talvez morder alguma fruta no meio do
diálogo dê a impressão de que te ligar é um acontecimento casual, que estou nem
aí na verdade, só estou fazendo hora porque a água do meu banho ainda não
esquentou, e eu estava sem nada pra fazer de toda forma. “E aí, como vão as
coisas?” (ensaio). Abocanho a maçã, mas não
digito seus números. Quando crio coragem, pra ligar, o buraco na fruta exibe a
carne ressecando e escurecendo de oxidação. Chama-chama e não atendem. Me sinto
enjoada. A secretária eletrônica me encaminha até a caixa postal. Deixo recado: “Juro, dessa vez estive muito perto de te esquecer”.
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